LA TRAMA LOBETO Y EL SALVAMENTO MARÍTIMO
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- Published on Sunday, 05 May 2013 10:38
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LA TRAMA LOBETO Y EL SALVAMENTO MARÍTIMO
A corrupçom na gestaçom de Salvamento Marítimo provoca ineficiência e impede salvar vidas no mar
A denúncia apresentada pola CIG a consequência das mortes do ‘Cordero’ levou à opinión pública a preocupaçom polo estado dos serviços de Salvamento Marítimo e revelou as deficiencias em equipamento e capacidade de resposta para cumprir os seus cometidos. A gestaçom de Sasemar copiou o modelo español e foi aproveitada polas redes de influência do poder político para beneficiar empresas e pessoas da sua confiança. Na trama estám implicados Manuel Fernández de Sousa-Faro, presidente
da Pescanova; José Silveira Cañizares, dono da Remolcanosa, que também fora beneficiada pola tragédia do Prestige, e Fernando Novoa, ex-oficial da Armada espanhola e piloto de helicópteros de salvamento que cobra da Junta como assessor
marítimo e ocupa postos de responsabilidade na companhia proprietária de Helicsa. Esta empresa lucrou com a privatizaçom dos serviços de salvamento pola dotaçom dos serviços aéreos, cuja ineficiência se pujo de manifestó recentemente com as mortes no mar. Diferentes fontes apontam a que a amizade de Juan Carlos de Bourbon com Eduardo Saavedra, o impulsionador de Helicsa, teriam sido determinantes NA hora de receber tratamentos de favor por parte das administraçons
SALVAMENTO MARÍTIMO: A HISTÓRIA DUM NEGÓCIO EXCLUSIVO
O Serviço de Guarda-costas da Galiza tem a sua origem em 1990, sendo conselheiro das Pescas José Enrique López Veiga -na actualidade deputado do Partido Popular. Foi nesse ano que se cria o Serviço de Busca e Salvamento. O promotor do projecto é o viguês Fernando Novoa, ex oficial da Armada espanhola e piloto de helicópteros de salvamento que cobra da Junta como assessor marítimo. Novoa convence o presidente Manuel Fraga para importar para o nosso País o modelo da recém-criada sociedade estatal de Salvamento e Segurança Marítima (Sasemar). As irregularidades marcárom o proceso desde o início. De feito, tal e como noticiava o Novas da Galiza no número 37, os dous primeiros directores gerais da Sasemar na Galiza (José Álvarez Díaz e Emilio Martín Bauza) chegárom ao cargo depois de serem convidados a abandonar o Serviço de Vigilância Aduaneira (SVA) polas suas relaçons com contrabandistas e narcotraficantes.
O primeiro ocupa na actualidade a presidência da Sogama.
S.R. / A Sasemar é um organismo dependente do Ministério do Fomento espanhol. Foi promovido em finais dos anos 80 polo entom director-geral da Marinha Mercante, o asturiano Rafael Lobeto Lobo. O serviço de salvamento público deixou-se em maos de dous grupos empresariais: o valenciano Boluda e o galego propriedade de Fernando Fernández Tapias. O primeiro possuía rebocadores para prestar o serviço, mas no caso de ‘Fefé’ é o próprio Estado espanhol que lhe aluga os dous primeiros rebocadores.
O seu sócio José Silveira Cañizares (dono da Remolcanosa e do hospital Povisa de Vigo) também proporciona rebocadores ao negócio. As companhias ampliam posteriormente as suas frotas mercando barcos supply (embarcaçons que prestam assistência em plataformas petrolíferas) na Noruega. Estes barcos tenhem escassa potência de arrasto e eles conseguem-nos a baixo prezo.
Os seus contactos com as cúpulas políticas permitem-lhes monopolizar o negócio e contarem com o apoio económico da Administraçom espanhola. O seu grande valedor no PSOE foi o exministro e alcalde de Vigo Abel Caballero, mentres que no PP beneficiárom da protecçom do asturiano Álvarez Cascos. É graças a estes contactos que adquirem a Empresa Nacional Elcano. Quanto a Boluda, subscreveu importantes contratos com os co-proprietários MercaMadrid e LonjaMadrid, para quem Lobeto Lobo trabalha como assessor legal.
Monopólio aéreo
A aquisiçom dos meios aéreos faise de jeito similar. O serviço é também privatizado mas desta vez a beneficiada é a Helicsa, filial do grupo Inaer Inversiones Aéreas, propriedade da familia Fernández de Sousa-Faro, que controla mais de 70% do negócio dos helicópteros em todo o Estado. Fernando Novoa ocupa o cargo de conselheiro delegado, tal como figura na denúncia da CIG, e à cabeça do holding está Manuel Fernández de Sousa- Faro, o presidente da Pescanova, com 21% das acçons. Mas a familia em conjunto é dona de 50% dos títulos através da empresa de material ferroviário Transfesa, anteriormente presidida polo actual máximo responsável da Inaer, Antonio Domínguez Garcés, casado com umha das irmás Fernández de Sousa.
Este conglomerado empresarial acumula mais de 20 processos disciplinares da Aviaçom Civil e da Inspecçom de Trabalho, segundo denunciou o Sindicato Español de Pilotos de Líneas
OS CONTACTOS FERNÁNDEZ TAPIAS E SILVEIRA COM AS CÚPULAS POLÍTICAS PERMITEM-LHES MONOPOLIZAR O NEGÓCIO. O SEU GRANDE VALEDOR NO PSOE FOI ABEL CABALLERO, ENQUANTO QUE NO PP FÔROM PROTEGIDOS POLO ASTURIANO FRANCISCO ÁLVAREZ CASCOS
Aéreas (Sepla), mas a sua filial Helicsa continua a ser a única adjudicatária da Junta desde 1995 por mais de 100 milhons de euros.
A empresa de helicópteros adquire os aparelhos também na Noruega. Estes helicópteros fôrom dados de baixa em trabalhos de assistência a plataformas petrolíferas (os chamados seaking). Som aparelhos obsoletos, faltos da tecnología e dos elementos necessários para resgates no mar (sistemas de posicionamento, gruas...). A Helicsa recebe depois da Administraçom espanhola umha quantia anual por cada um deles.
Fontes do mundo empresarial consultadas explicam que com este sistema a companhia consegue recuperar num só ano todo capital investido nas aquisiçons.
As origens da Helicsa remontam ao ano 1965. Na página web da companhia di-se que nasce relaçom da Família Real espanhola com Helicsa iria mais além: há quem chegue ao ponto de atribuir ao monarca espanhol a mediaçom junto do rei norueguês em favor da companhia.
Pessoas do contorno de Fernando Novoa confirmárom que o empresário se gaba em público da sua amizade com Juan Carlos I, com quem teria compartilhado viagens em helicópteros da própria Junta por iniciativa de Eduardo Saavedra -quem mais tarde chegaria a ser piloto do monarca espanhol- e com a ajuda económica das companhias galegas Ucomar e Zeltia. Mas a relaçom da Família Real espanhola com a empresa iria mais alá: há quem chegue ao ponto de atribuir ao monarca espanhol a mediaçom junto do rei norueguês em favor da companhia. Pessoas do contorno de Fernando Novoa confirmárom que o empresário se gaba em público da sua amizade com Juan Carlos I, com quem teria compartilhado viagens em helicópteros da Junta.
Publicado en el nº 65 de NOVAS DE GALIZIA. Mayo de 2008.